Um dos motivos que mais preocupa os disléxicos que me procuram (depois da prática da leitura) é, com certeza, o que fazer para Melhorar a Escrita das Pessoas com Dislexia. Incomodados com sua escrita, repleta de rabiscos e borrões, essa prática chega até mesmo a ser evitada por uma grande maioria de alunos disléxicos e quando não, registrada de forma breve e concisa.
Melhorar a Escrita com Tecnologia
Também pudera! A escrita (seja ela em seu aspecto ortográfico ou motor) pode apresentar muitos prejuízos na dislexia e para essa demanda, os recursos tecnológicos poderiam ser grandes aliados dos disléxicos tanto para a diminuição dos “desvios” da norma culta quanto para a construção de sua autonomia.
Caminhos para Melhorar a Escrita das Pessoas com Dislexia
No entanto, nem todas as instituições de ensino permitem a utilização da tecnologia assistiva em sala de aula e o aluno disléxico precisa fazer seu registro escrito no papel. Inversões, trocas, omissões, substituições, duplicidades podem ser algumas das marcas nos textos de alunos que apresentam o transtorno. Como psicopedagoga,
- em um primeiro momento, busco mostrar ao meu paciente o quanto rica é sua produção na oralidade, em como está permeada de ideias interessantes e diferentes;
- oriento como fazer o registro dessa produção no papel. Através de um ensino sistemático e explícito, vou estimulando a escrita de forma gradual com palavras, frases , parágrafos e textos para que essa atividade se torne cada vez mais assertiva e prazerosa.
Ressalto que é fundamental levar os ninos e ninas a refletirem sobre o ato de escrever, principalmente sobre as unidades menores que estruturam essa escrita, ou seja, os fonemas e grafemas (sons e letras) para que eles possam ir ganhando autoconfiança e, consequentemente, a autoestima para avançar cada vez mais. Outro aspecto muito importante a ser considerado é fazê-los perceber que o erro faz parte do processo de aprendizagem para que assim possam olhá-lo não como algo negativo, mas como uma oportunidade de se aperfeiçoar.
Materiais para Melhorar a Escrita das Pessoas com Dislexia
Um dos materiais que gosto muito e utilizo como apoio na ortografia para que meus pacientes compreendam seus erros e procurem se autorregular na escrita é o Diagrama desenvolvido por Renata Jardini, criadora do Método das Boquinhas. “O mais importante na aprendizagem é compreender o erro, para poder conseguir acertar. Do contrário, o acerto ou é casual ou cópia. Só a correção é garantia de acerto.” (Jardini, 2012)
É o primeiro material que apresento para meus pacientes explicando a eles sobre a importância de se disciplinar com esse recurso para ir melhorando sua escrita. Ele pode ser usado em terapias ou em casa nas tarefas escolares, visando a diminuição da incidência dos erros e, ao mesmo tempo, a ansiedade e o estresse ao escrever.
Além desse quadro, o Marcador Ortográfico da SOS Dislexia também é indispensável em minhas terapias.
Ambos estimulam a consciência do erro na escrita, proporcionando um pensar antes do ato de escrever. No entanto, para que essas estratégias alcancem êxito é fundamental identificar e compreender as reais dificuldades de cada paciente. Esses pequenos detalhes podem fazer muita diferença para os escolares que apresentam dislexia, uma vez que a reabilitação deve focar exatamente em suas inabilidades e dificuldades. Um pedagogo ou psicopedagogo é o profissional mais indicado para identificar e analisar essas demandas, aplicando as estratégias que mais favoreçam o aprendizado de determinado aprendente.
Além disso, é muito importante antes de aplicar qualquer material com uma criança ou adolescente, conhecer a estrutura do recurso pedagógico que será utilizado, estudá-lo e aprofundar sobre a forma de uso para que não acabem sendo desenvolvidos mais complicadores do que facilitadores para a atividade de escrita. Em casa, o diálogo aberto com seu filho sobre suas dificuldades e avanços no processo, permitirá um acompanhamento mais próximo do seu desempenho e o motivará a conquistar cada dia mais melhores resultados.
Seu filho tem dislexia e está precisando de ajuda? Escreva para mim sou Psicopedagoga e professora de Língua Portuguesa:
Maria Silvana – ABPp 13265
- Psicopedagoga Clínica – Sinapses
- Psicopedagoga Clínica – AMEE, Santo Antonio de Posse – SP
- Professora de Língua Portuguesa
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PlayStation 4 has been definitely takes the cake. Bobbee Shane Tati
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eu me chamou elder eu tenho dislexia na escrita eu tenho 21 anos
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Gostei do texto, parabéns, como posso adquirir material para disléxicos, costumo atender crianças para avaliação e fazer algumas atividades, mas estou buscando mais recursos.
Desde já, muito grata.
Psicóloga Vanessa Simoni
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ola, eu sou dislexica e minha filha de 13 anos foi diagnoaticada esse ano após muitos testes e chateações. Ela estuda em escola bilingue desde os 2 anos e ama a lingua inglesa. No entanto, tenho dúvidas sobre a escola e como melhor apoiar a minha filha e os seus sonhos. Como vcs poderiam nos ajudar?
obrigada
Rebeca
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Conhecendo hoje, dezembro de 2022 este canal. Gostei bastante do artigo Técnicas para melhorar a escrita dos disléxicos e gostaria de conhecer melhor os dois materiais sugeridos. Aproveito a oportunidade para parabenizar pelo conteúdo.
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Bom dia.
Sou professora e tenho um aluno que lê palavras simples, mas não consegue escrever, faz borroes, chega a rasgar a folha,do caderno, tem muita dificuldades em copiar frases ou palavras, faz um letra de cada vez, pula silabas, letras, não consegue seguir o espaço da linha….está no terceiro ano.
Preciso ajudá-lo de forma adequada, o que fazer?
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Olá, poderia explicar como funciona e aonde encontramos o Marcador Ortográfico da SOS Dislexia ?